E foi este o mote para a segunda sessão da iniciativa In Memoriam, que teve lugar no dia 24 de Janeiro, no preciso local que homenageia o “médico do povo”: o Consultório da Memória, localizado nas proximidades da Biblioteca Municipal. Num serão moderado por Teresa Fernandes, foram cinco os convidados a partilhar vivências, mais ou menos próximas, com o Dr. Travassos, também experienciadas pela plateia que se juntou para ouvir.
No arranque na sessão, que contou com a presença do líder da Autarquia de Ansião, António Domingues, e da vereadora da Cultura, Cristina Bernardino, o professor e historiador Manuel Augusto Dias, cuja existência em muito se deve ao Dr. Travassos - conforme partilhou com os presentes -, referiu algo reconhecido pela maioria das pessoas que tiveram contacto com o extinto homenageado: tratou-se de alguém “que fez da medicina um autêntico sacerdócio”.
De seguida, foi Rui Nogueira a tomar da palavra. O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar sublinhou que “o Dr. Travassos tinha uma particularidade que hoje nós procuramos e até incentivamos (…) que era a comunicação, a interacção e ouvir o doente (…) até porque não havia muito mais recursos”.
Seguiu-se-lhe César Nogueira, professor e vice-presidente da Escola Superior de Educação de Coimbra, que partilhou algumas memórias de infância com o Dr. Travassos, a exemplo dos dois últimos intervenientes da noite, João Patrício, natural de Lisboinha (freguesia de Pousaflores) e Odete Antunes, natural de Ansião.
Em suma, foram muitos os momentos, muitos deles caricatos, desfiados durante este serão In Memoriam do Dr. Travassos, três dias antes de se completarem dois anos após o seu desaparecimento. Uma ausência física, mas que continua bem presente na memória das muitas pessoas com quem se cruzou e em quem deixou sorrisos e apreços múltiplos.
