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Municípios da região bastante ativos no combate às vespas

Marco Marques, 18 outubro 2019

2 min · 257

Municípios da região bastante ativos no combate às vespas
Oito anos depois de ter sido detetada pela primeira vez em Portugal, a Vespa velutina, ou asiática como é popularmente chamada, está em franca disseminação, com cada vez maior número de ninhos a serem detetados e alguns já bem perto das povoações.
Por causa deste inseto invasor e predador de abelhas, a apicultura portuguesa tem contabilizado uma quebra de produção acentuada e é esse o principal foco do problema, embora um certo desconhecimento generalizado do fenómeno tem também contribuído também para gerar algum alarmismo exagerado em termos de segurança das pessoas.
A destruição dos ninhos está entregue às autarquias, que têm feito um trabalho aturado nesse sentido. Só em Ansião já foram extintos/tratados mais de uma centena de ninhos, havendo à data de fecho desta edição cerca de uma dezena de ocorrências detetadas em lista de espera.
A Câmara de Ansião, imbuída no Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina,  utiliza neste momento um processo de injeção de uma inseticida indicado para vespas que contem também um atrativo para garantir que estas não se afastam da colónia. A aproximação é feita com fato de apicultor e uma vara modular que poderá ir até as 21 metros. O processo demora cerca de 48h para garantir que a colónia fica inativa. Após esse tempo o ninho é retirado ou acaba por ser destruído pela natureza.
Já o Município de Figueiró dos Vinhos, atua aplicando um biocida no ninho através de vara telescópica, não efetuando a sua remoção, pois a remoção de ninhos sem extermínio das vespas, “acaba por originar a replicação dos mesmos”, refere. Neste
sentido, quando os ninhos se encontram inalcançáveis, opta-se por manter o ninho e não proceder ao corte da árvore, evitando, assim, a propagação da espécie. Os ninhos injetados e intervencionados, que permanecem no local e cuja colónia já se encontra eliminada, podem apresentar atividade devido à presença de outras vespas. “No entanto, estas ficarão igualmente contaminadas sendo, deste modo, eliminadas”, adianta. Os ninhos identificados, intervencionados e em monotorização pelo Município encontram-se sinalizados com etiquetas.
Os municípios solicitam a colaboração dos munícipes em caso de avistamento da espécie, com a colocação de armadilhas de captura caseiras, mas clarificam que “em nenhum caso, deverá o munícipe tentar destruir um ninho, bem como nunca deverá pro
ceder ao uso de armas de fogo para o efeito”. A colocação de uma armadilha de captura e o pronto contacto das entidades competentes é a melhor forma de ajudar na prevenção da proliferação desta espécie invasora.
O Ministério da Agricultura garante que o plano para vigilância e controlo da vespa asiática em Portugal “está a ser eficaz”, adiantando que até junho foram destruídos mais de 5.600 ninhos, tantos quantos no ano anterior.

COM SE PODE COMUNICAR A DETEÇÃO/SUSPEITA DE NINHOS? Preencher um formulário na plataforma SOS Vespa; completar o anexo IV do plano de ação já mencionado e enviá-lo para a câmara municipal da área de deteção; contactar a linha SOS Ambiente (808 200 520); ou pedir a colaboração da junta de freguesia.

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