Nos últimos dias do mês de outubro teve início a requalificação do miradouro e também já começaram a ser colocados os primeiros prumos de madeira que farão parte do passadiço com cerca de 1 quilómetro de extensão que ligará o referido miradouro à aldeia do Casal de S. Simão, passando pela praia fluvial.
Trata-se de um projeto arrojado de valorização da aldeia de xisto do Casal de São Simão, financiado pelo programa Valorizar que deverá estar concluído até final do primeiro trimestre de 2020.
O presidente da Câmara Jorge Abreu refere-se à abrangência da obra dizendo que promete ”segurar o turista” que vai poder, partindo do miradouro, “percorrer um vasto percurso, usufruindo da aldeia, do restaurante e da praia fluvial”.
Já a secretária de Estado Ana Mendes Godinho catalogou na altura a obra como “um projeto emblemático”, perspetivando que possa “arrebatar muitos prémios” e traçando um paralelismo com o conhecido projeto dos passadiços do Paiva.
PROJETO ARROJADO
Melhorar a conectividade pedonal entre os três principais pontos de interesse daquela zona é, de acordo com a memória descritiva do projeto, o principal objetivo da intervenção. A autarquia espera conseguir um aumento do fluxo pedonal entre o miradouro e a aldeia, “criando-se um contínuo visitável que percorre os pontos mais emblemáticos da paisagem”. A intervenção a realizar será dividida em 3 troços com 3 diferentes tipologias de intervenção. O primeiro troço, entre a aldeia e a praia fluvial, corresponde ao percurso pedonal já existente que será melhorado com passadiço em madeira de pinho nas zonas mais inclinadas. No troço entre a ribeira e o miradouro será aproveitada a existência de um imponente maciço rochoso que se situa entre o miradouro e a ribeira para “criar um passadiço em madeira contínuo”, refere o mesmo documento. Devido à elevada inclinação este passadiço será maioritariamente em escadas, e será um dos pontos altos no que diz respeito à experiência do percurso, nomeadamente no momento de chegada ao miradouro. Haverá zonas em que serão aproveitados os trilhos existentes, não sendo necessário colocar passadiço de madeira. Já no diz respeito à intervenção no miradouro, salienta-se a criação de plataforma elevada no ponto mais alto do miradouro que “ficará suspensa sobre a paisagem, com piso em rede metálica, proporcionando uma experiência intensa de relação com a paisagem, reforçando o carácter imponente desta”.