Segundo a autarca, o certame “é, principalmente, um momento de celebração da história que terá começado por uma romaria à qual se associou uma feira para venda, compra e troca”. “E, não menos importante, o convívio, que naturalmente acontece quando as pessoas se juntam”, adianta.
Cristina Bernardino recorda quando, a feira ainda se realizava na localidade de Constantina, se associou a venda de pinhões, porque por ali “abundavam pinheiras mansas, cujos pinhões eram vistos como iguaria de saber exótico e tão custosa de se obter”. “Também por esta altura do ano, e em tempos que já lá vão, celebravam-se muitos casamentos e aos noivos oferecia-se a penhora, com um pouco de tudo, para que não lhes faltassem os produtos e as sementes, tão necessários para o início de uma nova vida”, adianta.
Daí que a vereadora não tenha dúvidas que a Feira dos Pinhões está “intimamente ligada à identidade da nossa região: um forte apego religioso que alimenta certos costumes e que valoriza igualmente os produtos da terra”.
Cristina Bernardino salienta o facto de a feira ter crescido, tendo desde há alguns anos ganhado dimensão e projeção a nível regional e nacional, passando a realizar-se na Praça do Município.
“Também já não temos por cá produtores de pinhões, mas a tradição fala mais alto, e são eles os reis da feira, que junta pinhoeiros a expositores locais, responsáveis pela diversidade e riqueza dos produtos endógenos que fazem deste um território ímpar e onde apetece estar”, afirma.
