O padre Gabriel de
Magalhães, Frei Luís de Granada e Miguel Leitão de Andrada,
personalidades históricas de Pedrógão Grande, serviram de
inspiração para a realização do 1.º Festival Literário
‘Miscellanea’ que, de 21 a 25 de junho espalha cultura, arte e
magia um pouco por todo o concelho.
O projeto, que inclui cerca de 40 atividades culturais, foi produzido pela GoldenSkill e acolhido pelo Município, tendo como objetivo “celebrar a palavra e a literatura, proporcionando ao diverso público momentos de aproximação e de convívio com conceituados escritores e artistas portugueses”, referiu Diogo Coelho, promotor da empresa e também pedroguense.
Com uma programação cultural “rica, variada e apelativa”, o Miscellanea decorre sob o lema “É com palavras que construímos o mundo” e é dirigido a todos os públicos, desde as crianças até às famílias, passando pela Casa da Cultura, Biblioteca, Centro de Interpretação Turística e pelo Jardim da Devesa, mas também pelas escolas do concelho.
Nesta primeira edição, o lote de convidados inclui os escritores José Milhazes, Mário Augusto, Milu Loureiro, André Madaleno, João Reis, Isabel Ricardo, João Gouveia Monteiro, Raul Minh'alma, Lurdes Breda, Sofia Souto Moniz, Carolina Pascoal, José Fanha e Pedro Chagas Freitas.
São eles os protagonistas das apresentações de livros, conversas, conferências, oficinas, sessões de autógrafos e de contos.
A programação inclui ainda cinema, concertos, teatro, dança, magia, envolvendo os músicos José Rebola e Alex Lima, os atores Filipe Lima, Daniela Claro, Joana Biscaia, Jaime Monsanto, o realizador Luís Porto, o mágico Telmo Melo, os bailarinos Raquel Santos e João Fanha, entre outros.
Saliência também para as animações de ruas, com as figuras históricas pedroguenses a conviverem com os transeuntes e a visitar diversos locais da sede de concelho, preservando de forma especial a história, através do teatro.
Na abertura de Miscellanea, há lugar a duas conferências: uma subordinada ao tema ‘O padre Gabriel de Magalhães, a grande viagem e aventura de Pedrógão Grande a Pequim’, tendo como orador o professor, poeta, sinólogo e tradutor, António Graça de Abreu e outra sobre “Frei Luís de Granada, mestre de espiritualidade”, com os oradores Rui Carlos Antunes e Almeida Lopes.
Na apresentação do Festival, o presidente da Câmara António Lopes frisou a aposta da autarquia na diversidade de eventos que sejam uma mais-valia para as pessoas. O autarca destacou a grande amplitude do festival e as várias franjas etárias que abrangerá. Opinião corroborada pela vereadora da Cultura Dora Rodrigues, que disse ser intenção da autarquia criar uma série de ofertas distintas que, em conjunto, promovam o concelho e o ajudem a progredir.
Já Diogo Coelho disse ser ambição “criar em Pedrógão Grande um dos maiores festivais literários do país”, algo que já começou a ser alicerçado com “um cartaz forte e ambicioso”.
De referir que o evento foi buscar o nome ao livro “Miscellanea”, publicado originalmente em 1629, uma obra histórica de Miguel Leitão de Andrada, escritor de Pedrógão Grande.
