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Ansião vai investir 2,6 milhões na requalificação do Centro de Saúde, Mercado e Jardim de Infância

Marco Marques, 29 abril 2021

5 min · 178

Ansião vai investir 2,6 milhões na requalificação do Centro de Saúde, Mercado e Jardim de Infância
A Câmara Municipal de Ansião vai candidatar ao PT2020 a requalificação do edifício do Mercado Municipal e zona envolvente num projeto orçado em cerca de 936 mil euros, acrescido de IVA. A decisão foi tomada por unanimidade na reunião do executivo do dia 19 de abril.
Na reunião camarária, o presidente da autarquia explicou que o projeto estava nas prioridades do anterior executivo, incluído no Plano de Ação de Regeneração Urbana, mas foi entendimento do novo executivo priorizar a requalificação da Avenida Dr. Vítor Faveiro. “Entendemos que fazia mais sentido avançar primeiro com a requalificação de uma das principais avenidas do centro da vila mas nunca deixámos cair este projeto”, disse António José Domingues.
Admitindo que o ‘layout’ do projeto é muito idêntico ao idealizado pelo anterior executivo, o autarca frisou que foi possível “reformular algumas especificidades e assim reduzir custos”. 
Entre as alterações ao projeto inicial destaca-se o facto da autarquia ter prescindido da construção de um espaço polivalente coberto. Este facto levou à intervenção do vereador do PSD, Jorge Cancelinha, que defendeu que “o espaço coberto seria uma mais-valia”. “O que mais falta faz no mercado são áreas cobertas para acomodar os feirantes, especialmente no inverno”, considerou o vereador que disse ainda que o espaço do mercado está “subaproveitado e é uma pena que funcione apenas meio dia por semana”. Já a sua colega Célia Freire disse que o executivo do PS “demorou quatro anos para apresentar um projeto de custo idêntico e ainda por cima sem algumas valências”. A vereadora do PSD defendia também a inclusão da Loja do Cidadão neste espaço, que “concerteza traria outra dinâmica diária” ao Mercado. A este propósito a vereadora socialista Cristina Bernardino discordou, defendendo que os serviços, como a Loja de Cidadão, “fazem falta na zona central da vila, que já se encontra com pouca ‘vida’”.
Em resposta aos vereadores do PSD, o presidente de Câmara disse que a loja de cidadão “nunca esteve incluída nos projetos para o Mercado” e contrariou Célia Freire relativamente aos custos. Domingues disse que a requalificação do Mercado, tal como foi idealizada em 2016, custaria hoje cerca de 1,5 milhões de euros [à data estava orçada em 1,2 milhões] e vai ser feita por menos de 1 milhão de euros.
Relativamente ao atraso do projeto, o edil disse que “tem a ver com as nossas prioridades e entendimentos”, mas o “mais importante para as pessoas é que os projetos vão sendo concretizados”.
Apesar destas considerações e algumas críticas, os vereadores do PSD acompanharam os do PS no voto favorável à realização do projeto, aprovando a submissão da candidatura por unanimidade.

MERCADO MODERNO E
COM MELHORES CONDIÇÕES
Segundo a autarquia, o projeto agora aprovado e há muito perspetivado permitirá a “dinamização das atividades socioeconómicas ali estabelecidas” e contribuirá para a “melhoria das condições de trabalho e higiene do local, beneficiando tanto os comerciantes como os clientes”.
Segundo a Memória Descritiva do projeto, a intervenção compreende a substituição integral das coberturas existentes, em telhas de fibrocimento, por painéis de chapa metálica nervurada, mantendo o desenho original; a demolição dos onze alpendres existentes ao longo do recinto, pela pouca utilidade manifestada ao longo do tempo e por não cumprirem, enquanto espaço coberto, a função para que foram construídos; a reconfiguração dos circuitos pedonais existentes que assegure a comunicação com o recinto coberto de forma direta; a demolição dos panos de alvenaria de tijolo do alçado nascente da nave central, que darão lugar a abertura de vãos para iluminação dos novos espaços comerciais previstos; a manutenção pré-existente da estrutura edificada, mantendo o alinhamento do edifício, e o aumento da área da nave coberta; a transição entre os setores cobertos e os vários recintos de terrado a descoberto assegurada por um recinto descoberto e confinado entre muros que assegurará os pontos de venda de mercado sazonal; a substituição integral dos pavimentos, tanto no interior como no exterior.
Serão também implementadas medidas de eficiência energética e ambiental, no que respeita a materiais de construção, ventilação natural e isolamento térmico.

Requalificação do Centro de Saúde de Ansião vai custar 1,3 milhões
A Câmara de Ansião vai avançar com uma candidatura para a requalificação do Centro de Saúde local que desde há alguns anos a esta parte se debate com deficiências estruturais e de funcionamento preocupantes. O projeto ascende a 1,3 milhões de euros e está inserido num protocolo de colaboração firmado entre o município ansianense e a Administração Regional de Saúde do Centro.
A submissão da candidatura foi aprovada na reunião camarária de 19 de abril, tendo o presidente da autarquia explicado que não se podem protelar no tempo os problemas daquela infraestrutura. António José Domingues lembrou as constantes queixas dos profissionais de saúde que ali trabalham, que redundaram até numa ameaça de greve e também dos utentes, que não dispõem das condições de atendimento exigíveis na atualidade, ainda por cima em tempos de pandemia.
O autarca referiu que a autarquia já minimizou alguns dos problemas, nomeadamente os relacionados com as infiltrações, mas entendeu ser altura de aproveitar os fundos comunitários e candidatar o projeto a uma linha de apoio do PT2020 para infraestruturas de saúde.
Domingues deu conta de que a ARS Centro elaborou projeto de arquitetura, fundamentado com contributos do Agrupamento dos Centros de Saúde do Pinhal Interior (ACESPIN) e dos profissionais de saúde e que a Câmara Municipal elaborou o projeto de execução.
A remodelação e ampliação do Centro de Saúde de Ansião pretende “reabilitar e modernizar o atual edifício”, proporcionando um desempenho “compatível com as exigências e condicionalismos da atualidade”.
A intervenção consiste numa “adaptação e ampliação” da infraestrutura existente, através de reformulações interiores “voltadas para o atendimento e para a prestação de cuidados de saúde”, com condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, estando prevista a existência de escadas de emergência e de um elevador, no cumprimento da legislação em vigor. “Incidirá também na melhoria da eficiência energética, através da aplicação de sistemas de isolamento térmico e acústico e da instalação de painéis solares”, consta na memória descritiva do projeto.

Município investe 280 mil euros no Jardim de Infância de Ansião
A Câmara Municipal de Ansião vai investir cerca de 280 mil euros na beneficiação das instalações do Jardim de Infância situado na sede do concelho. O projeto vai ser candidatado a uma linha de financiamento do PT2020.
Na reunião de Câmara do dia 19 de abril, o executivo municipal aprovou por unanimidade a submissão de uma candidatura para beneficiação do Jardim de Infância de Ansião, cuja empreitada está orçada em cerca de 280 mil euros.
De acordo com a autarquia ansianense, o atual jardim de infância “carece de espaços disponíveis para as atividades curriculares”, o que levou o executivo a “redefinir o programa funcional do estabelecimento escolar, apetrechando-o com novos espaços e equipamentos”, como sala de professores, sala de pessoal auxiliar, polivalente de educação especial de aprendizagem, sala de receção/ espera, sala de controlo de entradas, gabinete administrativo, sala polivalente da componente de apoio à família e gabinete de atendimento.
Segundo explicou o vice-presidente e vereador da Educação, Jorge Paulo Fernandes, o refeitório vai agora ter o seu próprio espaço, uma vez que as atividades de apoio à família passam para outro espaço.
Aquele responsável crê que as obras vão proporcionar “uma grande melhoria das condições do estabelecimento escolar”, quer seja em termos de acessibilidade e segurança do espaço edificado, como espaço exterior. As obras preveem ainda a integração de um elevador, a ampliação dos sanitários para pessoas com mobilidade condicionada e a requalificação dos espaços exteriores. 
A autarquia ansianense garante que o projeto “respeita os valores da arquitetura do edifício principal existente e da paisagem envolvente” e promoverá a utilização eficiente dos recursos, “com a implementação de diversas soluções de eficiência energética e ambiental”.

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